quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Perigo da Grande Marcha . . .à Ré

O PERIGO DA GRANDE MARCHA ... RÉ
Arnaldo Jabor

Vivemos um momento delicado para a democracia. Lula é um reality show permanente. Lula está em fremente lua de mel consigo mesmo, como dizia Nelson Rodrigues.

Mas, em sua viagem narcisista, começam os sintomas do erro. A sensatez do velho sindicalista virou deslumbramento. Um dia, abraça o Collor, no outro está com o Hamas e o Irã.

Freud (não o Freud Godoy dos aloprados...) tem um trabalho clássico, O fracasso após o triunfo, no qual mostra que há indivíduos que lutam e vencem, e, depois da vitória, se destroem, porque muitos carregam no inconsciente complexos inibidores do pleno sucesso.

Quanto mais medíocre é o dirigente, mais ele despreza a inteligência e a cultura, e se transforma numa ilha cercada de medíocres.

Será que foi por isso que Lula escolheu uma senhora sem tempero, uma gaffeuse sem prática, com olhos de vingança, como me disse um taxista? Parece um sintoma.

A grande ironia é que Lula foi reeleito por FH.

Sem o Plano Real, o governo Lula seria o pior desastre de nossa História. E, ajudado também pela economia mundial em bonança compradora, ele hoje diz que é responsável pelos bons índices econômicos que o governo anterior organizou.

E não cai um raio do céu em cima.. Afinal, o que fez o governo Lula, além de se aproveitar do que chamava de herança maldita, além do Bolsa Família expandido e dos shows de TV? Os primeiros dois anos foram gastos no assembleísmo vacilante dos Conselhos que ele nunca ouviu, depois a briga com a gangue dos quatro do PT, expulsos.

Depois, a aventura da quadrilha de corruptos revolucionários que Roberto Jefferson desbaratou para sua e nossa sorte , livrando-o do Dirceu e de seus comunas mais ativos. Aí, Lula pôde voltar a seu populismo personalista.

Lula continua o símbolo do povo que chegou ao poder, mascote dos desvalidos e símbolo sexual da Academia. Lula descobriu que a economia anda sozinha, que basta imitar o Jânio Quadros, o inventor da política do espetáculo, e propagar aos berros o tal PAC, esse plano virtual dos palanques. Lula tem a aura sagrada, cristã do mito de operário ignorante e, por isso, intocável. Poucos têm coragem de desmentir esse dogma, como a virgindade de Nossa Senhora...

Por isso, vivemos um importante momento histórico, que pode marcar o Brasil por muitos anos. Agora, com as eleições, vai explodir a guerra com o sindicalismo enquistado no Estado: 200 mil contratados com a voracidade militante de uma porcada magra que não quer largar o batatal.

Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica, tudo para manter o terrível patrimonialismo de Estado. Não esqueçamos que o PT combateu o Plano Real até no STF, como fez com a Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como não assinou a Constituição de 88.

Este é o PT que quer ficar na era pós-Lula. Seu lema parece ser: Em vez de burgueses reacionários mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos.

Os companheiros trabalham sincronizados como um formigueiro. O sujeito pode até bater na mãe que continua companheiro. Só deixa de sê-lo se criticar o partido, como o Paulo Venceslau, que ousou denunciar roubos nas prefeituras, que depois se confirmaram na tragédia de Celso Daniel.

FH resumiu bem: se continuar o lulismo com sua tarefeira Dilma, sobrará um subperonismo contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Ou seja, o velho Brasil volta a seu pior formato tradicional, renascendo como rabo de lagarto. O país tem um movimento regressista natural, uma vocação populista automática.

Será o início da grande marcha a ré...

Com a eventual vitória do programa do PT, teremos a reestatização da economia, o inchamento maior ainda da máquina pública, a destruição das Agências Reguladoras, da Lei de Responsabilidade Fiscal, em busca de um getulismo tardio, uma visão do Estado como centro de tudo, com desprezo pelas reformas, horror pela administração e amor aos mecanismos de controle da sociedade, essa massa atrasada inferior aos revolucionários.

A esquerda psicótica continua fixada na ideia de unidade, de centro, de Estado-pai, de apagamento de diferenças, ignorando a intrincada sociedade com bilhões de desejos e contradições.

A tarefa principal da campanha de Serra será explicar qual é o pensamento tucano. Como ensinar a população ignorante que só um choque democrático e empresarial pode enxugar a máquina podre das oligarquias enquistadas no Estado?

Como explicar um programa de mudanças possíveis na infraestrutura e na educação, contraposto a este marketing salvacionista de Lula? Este é o desafio da campanha do PSDB.

Aécio Neves fez bem em se indignar com a demagogia de Dilma no túmulo de Tancredo ele nos lembrou que o PT não apenas não apoiou Tancredo em 85 como expulsou seus três deputados que votaram nas eleições pela democracia.

A maior realização deste governo foi a desmontagem da Razão. Podemos decifrar, analisar, comprovar crimes ou roubos, mas nada acontece. Ninguém tem palavras para exprimir indignação, ou melhor, ninguém tem mais indignação para exprimir em palavras.

Aécio Neves devia ir além e ser vice, sim. Seria um gesto histórico que lhe daria riquíssimos frutos, para além do interesse pessoal de uma política imediata. Aécio ganharia uma rara grandeza na Historia do país. Seu avô aprovaria.

Só uma alternância de poder, fundamental na democracia, pode desfazer a sinistra política que topa tudo pelo poder e que planeja, com descaro, transformar-se numa espécie do PRI mexicano, que ficou 70 anos no poder, desde 1929.

Durante o poder do PRI, as eleições eram uma simulação de aparente democracia, incluindo repressão e violência contra os eleitores. Em 1990, o escritor peruano Mario Vargas Llosa chamou o governo mexicano, sob o PRI, de uma ditadura perfeita. Será que isso nos espera

E não se esqueçam: conseguiram deixar os Correios do jeito que todos sabemos como.

E a Petrobrás acaba de ser anunciada que não é mais a principal empresa da América do Sul.

Quem será a próxima? Está tudo bem? Está satisfeito?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Os Amigos do Rei


Como todos sabem, Lula é um grande amigo de Hugo Chávez, ditador-presidente da Venezuela, país que Lulla considerou, tempos de atrás, ter "excesso de democracia".

Mais um exemplo de democracia lullista:

Polícia invade jornal 'El Nacional'

Agentes exigiram o arquivo digital da foto que mostra cadáveres no chão do necrotério em Caracas e interrogaram o chefe do departamento de fotografia.

À esquerda, a capa da edição de 13 de agosto, com a foto do necrotério. À direita, a da última quarta-feira, com o protesto à medida chavista (AFP)

Policiais venezuelanos invadiram a sede do jornal El Nacional na noite de quarta-feira para confiscar dados sobre a foto de cadáveres no necrotério de Caracas publicada na capa da edição de 13 de agosto.

A imagem ilustrou uma reportagem sobre a crescente criminalidade no país. Segundo o site do jornal, policiais judiciais acompanhados de representantes da Promotoria exigiram o arquivo digital da foto, interrogaram o chefe do departamento de fotografia e levaram um exemplar da edição de 13 de agosto.

A invasão está relacionada à polêmica sobre quando a foto foi tirada, já que o jornal sustenta que foi em 29 de dezembro de 2009 e a polícia afirma que foi em 2006.

O governo chamou a fotografia de "pornográfica" e decidiu que a imprensa escrita "deve abster-se de publicar imagens violentas, sangrentas, grotescas, que de uma forma ou de outra prejudiquem a integridade psíquica e moral das crianças". A decisão da Justiça venezuelana foi amplamente criticada por associações jornalísticas e por representantes da oposição no país.

Como protesto, o El Nacional colocou três espaços em branco com a palavra "censurado" na edição da última quarta-feira. Em um dos espaços em branco, lia-se: "Se aqui houvesse uma foto, vocês veriam um pai chorando por um filho que morreu.”

Em Caracas, há cerca de 50 mortes violentas a cada fim de semana e, em todo o país, os assassinatos passaram de 16.000 em 2009, segundo cifras extraoficiais. O governo do presidente Hugo Chávez não divulga números sobre a violência na Venezuela há anos. Portanto, é a imprensa que apresenta todas as semanas estatísticas baseando-se na quantidade de corpos que chegam aos necrotérios.

A proibição será aplicada por um mês, exatamente o período que falta para as eleições legislativas do país, nas quais o governo aspira manter pelo menos dois terços das cadeiras no Congresso.

Censura - Chávez, que passa por uma crise interna e sofre uma queda de popularidade, acusa os meios de comunicação de “manipulação politiqueira e pornográfica do tema da violência e da criminalidade". Além disso, se justifica dizendo que "o problema da segurança é um assunto mundial."

Não é a primeira vez que o ditador passa por cima da liberdade de imprensa. Em 2007, a popular emissora de televisão RCTV saiu do ar porque o governo não renovou sua concessão.

Há um ano, 30 emissoras de rádios foram fechadas. Da mesma forma, a justiça iniciou recursos administrativos contra o canal de notícias Globovisión, que Chávez chama de "terrorista midiático". O caudilho perseguiu seus donos e anunciou que controlará 48,5% das ações do canal.

Mais proibições - Na quarta-feira, a Assembleia Nacional da Venezuela também aprovou uma lei proposta por Chávez que proíbe proprietários de meios de comunicação de terem ações em instituições financeiras. É o caso de Nelson Mezerhane, acionista do canal Globovisión, o último crítico a Chávez, e do Banco Federal, que foi colocado sob intervenção federal.

De acordo com o presidente da comissão de Finanças do Parlamento venezuelano, Ricardo Sanguino, a lei foi criada para evitar o que aconteceu com o Banco Federal. "Seus donos ofereciam bondades ao canal Globovisión", disse.

O Banco Federal será liquidado pelo governo, depois de ter sido fechado em junho por supostas irregularidades. A reforma da lei dos bancos foi incluída em uma sessão extraordinária do Parlamento, a pedido da vice-presidência da República. (Com agência EFE)

A Simbiose Perfeita

UMA ESCOLHA DIFÍCIL

Um dos grandes dilemas que assombram uma pequena parte da população nacional nos últimos anos é a escolha de quem é o pior. A outra parte, nem pensa, nem se preocupa.

O PT ou a “metamorfose ambulante”? Dois parasitas em busca de uma presa. Encontraram.

Quem é o arauto de quem? ELE ou o partido? O partido ou ELE? É difícil.

Qual dos dois mais tem contribuído para fazer do Brasil um país sem caráter? Um país sem moral? Um país sem vontade e sem dignidade? Exangue? Uma pseudopotência?

Seria este o caminho para a comunização? Parece que sim.

Estaria a “metamorfose” para o Brasil assim como Fidel está para Cuba? Como Chávez para a Venezuela? Como...

Como a orgulhosa nação cubana pode suportar o Fidel? E a Venezuela, o Chávez? Como pode um povo perder-se? Como agüentar e conviver com tais aberrações?

Logo saberemos. Estamos prestes a seguir na mesma senda.

Um crápula, uma estrutura pérfida, instituições coniventes e um povo pusilânime – eis a fórmula.

Em Cuba, o eterno ditador domina há mais de 50 anos. Na Venezuela, Chávez há quase dez. Aqui, a “metamorfose” por oito, mas por detrás dos bastidores, engrena mais quatro, e depois mais quatro, e depois...

O partido ou ELE? Quem será o arauto da catástrofe? ELE ou o partido? Ambos? Escolham.

Ao seu modo, a dupla é imbatível. Eles são inigualáveis no que se propuseram a fazer – a subjugação da nação brasileira. Contudo, cada qual, segundo o seu propósito, é canalha em proveito próprio.

O “nocivo irresponsável” pelo ambicioso desejo de colocar-se acima dos mortais, tornar-se a lenda da miséria, o guru do caos, o pai da contradição, a inconseqüência impune. Pelas pesquisas, ele é perfeito. Incomparável.

O partido domina, com a estreita colaboração de “sua excrescência”, fisicamente, toda a estrutura do governo, ocupando tantos cargos quanto possa. Já abarcou todas as forças do sindicalismo e, assim, adquiriu uma capacidade de mobilização e de imobilização insuperáveis. Sua meta, de tornar-se o próprio ESTADO, vai bem, obrigado. E como sentenciou uma amiga, “onde o PT passa, não nasce nem grama”.

Ambos, numa ligação carnal explícita, enxovalham a grandeza e a credibilidade da Nação perante a comunidade internacional. Com as mãos sujas da lama fétida que produzem, maculam valores, vilipendiam virtudes, distorcem a história, desencaminham os cidadãos.

Manuseiam ao seu torpe alvedrio a soberania, o estado, a administração pública, a imprensa, os empresários, os banqueiros, as minorias, os movimentos e dicotomias sociais que criaram e exacerbam. Todos os segmentos, meros títeres de sua vontade, serviçais submissos de uma ditadura que promete impor-se, de subjugar os recursos e o que ainda resta de mentes livres nesta terra.

E o pior, é que eles agem às escâncaras. Basta acompanhar, ler, analisar, comparar e recordar. Ah, você não acompanha, não lê, não analisa, não recorda? Então se merece.

É a simbiose perfeita. Juntaram-se a imoralidade com a amoralidade ou vice-versa. O fruto das bestas será o caos, a esbórnia e a degradação do povo.

O mutualismo germinou e assentou-se em nossas entranhas, e extrai, até à exaustão, as nossas forças, as nossas reservas, as nossas grandezas, as nossas vontades, a nossa soberania e a nossa dignidade.

Perdemos a vontade, o siso e o juízo, inclusive, o último resquício de pudor.

A sociedade brasileira é a meretriz perfeita no lupanar, onde o partido e a “metamorfose” promovem orgias e bacanais, e como gigolôs baratos, recolhem a “féria”, e vivem no melhor dos mundos.

Brasília, DF, 12 de agosto de 2010

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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