domingo, 31 de janeiro de 2010

Qualquer semelhança não é coincidência

Recebido de um amigo:

"UM GRUPO DE EX-TERRORISTAS ELABORANDO NORMAS SOBRE DIREITOS HUMANOS, EQUIVALE A UM GRUPO DE PEDÓFILOS REVISANDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE... "

Redes sociais viram ‘arma’ anti-Chávez na Venezuela

Numa iniciativa batizada de “Política 2.0”, estudantes e opositores de Hugo Chávez converteram a rede cibernética em plataforma de resistência ao governo, na Venezuela.

O Twitter e Facebook se tornaram valiosas fontes de informação e rumores. Uma forma de reagir às restrições impostas pelo Chávez à imprensa, em geral.

Numa reação previsível, Chávez qualificou os rivais cibernéticos de “terroristas”, num dos seus infindáveis discursos na televisão.

Chávez também convocou seus partidários às páginas da internet, pedindo que “inundem” o twitter com mensagens pró-governo.

O enfrentamento entre simpatizantes e opositores de Chávez, que já resultou em centenas de mortes, converteu-se, assim, em uma guerra cibernética.

A situação piorou depois que Chávez tirou do ar a RCTV Internacional e outras emissoras de TV a Cabo, que não transmitiam seus pronunciamentos.

Mas a maior arma contra o governo autoritário de Hugo Chávez é o telefone celular. Os estudantes se valem de mensagens transmitidas por SMS para convocar manifestações, surpreedendo a repressão policial.

Segundo dados oficiais do governo, há na Venezuela, mais telefones celulares do que habitantes (100,13%).

Por isso, tal ferramenta é ainda mais poderosa do que a internet. Apenas 28% dos venezuelanos tinham acesso à rede em 2009.

sábado, 30 de janeiro de 2010

A Máquina de Maldades de Hugo Chávez

A destruição da Venezuela é um projeto que tem consumido todas as energias de Hugo Chávez e seu projeto de poder nacional-populista. Reconheça-se que, infelizmente, ele tem sido bem sucedido. A economia foi à lona com nacionalizações e congelamentos de preços. O judiciário foi completamente engolido. Persistentemente minados, todos os organismos de estado seguiram o mesmo rumo.

A liberdade de imprensa já é item em extinção. Em 2007, Chávez retirou arbitrariamente do ar o canal mais popular e antigo do país, a RCTV, pelo crime de não adesão. A RCTV migrou para a televisão por assinatura para manter uma pequena fresta na couraça do autoritarismo. Mas sua morte estava anunciada e, na semana passada, Chávez calou, por fim, a voz incômoda.


Outros cinco canais semelhantes tiveram o mesmo castigo (e três, depois, cederam), sob o patético pretexto de não transmitirem os discursos incansavelmente proferidos por ele, El Supremo.

Para quem ignora os mecanismos da lógica totalitária, perseguir canais a cabo, de alcance limitado, soa como capricho tolo, que só serve para esgarçar os fiapos de democracia que ainda pairam em torno do chavismo e provocar inevitáveis protestos. Dessa vez, houve duas mortes de estudantes universitários, um anti-chavista e outro pró.

Chávez, ao contrário, conhece muito bem como funcionam as coisas no universo dos caudilhos: tem que mostrar que manda em tudo, o tempo todo, que faz brilhar o sol e faz chover.

Qualquer semelhança com o chefe dos PeTralhas, não é coincidência. Afinal, o Comandante-em-Chefão já decidiu qual caça a nossa Aeronáutica vai voar e, até, resolveu o problema do Aquecimento Global: é só transformar o mundo, atualmente redondo, em plano e quadrado.

Uma Oportunidade Única

Wesley Collyer

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma oportunidade inigualável de mostrar ao país que a Justiça não morreu, embora já tenha perdido o momento de fazer o cidadão recuperar em parte a certeza de que ainda existe Justiça no Brasil.

Refiro-me ao vergonhoso escândalo encabeçado pelo governador do Distrito Federal (Arruda e companhia). O Procurador Geral da República entrou com uma ação no Supremo pedindo que seja declarada inconstitucional a exigência da Constituição do DF que só permite que o governador seja processado com a permissão dos deputados. Veja, caro(a) leitor(a), o tamanho do privilégio: ele é filmado recebendo dinheiro, praticando o crime de corrupção (que nada tem a ver com crime político) e só pode ser processado por essa afronta à ética na vida pública se os deputados (diz a imprensa que diversas “excelências” fazem parte do esquema) autorizarem!...

Aliás, o governador tem um passado na vida pública que pode ser classificado como de baixíssimo nível de ética e moral, e ainda assim a Justiça só pode julgá-lo se os deputados autorizarem?... Aqui um grande parênteses: perdoem-me por utilizar tanto o ponto de exclamação insinuante (!...) a interrogação revoltada (?!!!), mas é isso mesmo.

Nosso Brasil é um país de exageros e absurdos, cuja repetição os fez cair na “normalidade”. Realçar a pontuação também é mostrar nossa indignação.

Voltando ao pedido do Procurador Geral: a ação caiu nas mãos do Ministro Dias Toffoli – nomeado recentemente pelo Presidente Lula – que decidiu levar o pedido para julgamento de todos os ministros. Cabe perguntar: se ele não tivesse feito carreira jurídica à sombra do PT e se fosse mais experiente, teria tomado essa mesma decisão? Ou teria atendido ao apelo mudo, mas justo da população que espera Justiça?...

Passado o problema para o conjunto de ministros do STF, como disse na abertura deste artigo, aquele tribunal pode corrigir o retardo da atuação da Justiça – é verdade que com atraso, afinal o pedido foi feito no início de dezembro/2009 e, em conseqüência do recesso, só será julgado em fevereiro!

Embora o STF, como corte suprema, tenha um viés político, não espero uma decisão “política”, como foi a de mandar os aposentados descontarem para a previdência. Espero que a decisão seja verdadeiramente justa e, assim, venha ao encontro do desejo de todo cidadão de bem, que já não suporta ver tanta impunidade. Que o julgamento restaure, pelo menos em parte, o princípio (tão achincalhado) de que todos são iguais perante a lei...

Que os ministros (por que diabos chamar juízes de tribunais superiores e conselheiros do Tribunal de Contas da União de ministros?...) ao julgarem, considerem menos firulas jurídicas e mais o que a sociedade teima em acreditar: que ninguém está acima da lei! O resultado do julgamento do Supremo pode renovar a esperança de vivermos em um país sério, onde leis justas e boas são cumpridas e onde nossos juízes sabem dar às leis injustas e más a interpretação que o bom senso recomenda...

Mas, se o STF agir sem a coragem que o cidadão espera, aí sim, não teremos mais a quem apelar e a sociedade poderá perder a fé na Justiça, a maior das instituições humanas, maior que a Filosofia, que a Ciência, mas tão maltratada por essas bandas.

Esperemos sinceramente que os cidadãos não percam a fé nos juízes, pois se isso acontecer, é como se esses deixassem de existir e, como dizia John Locke, “quando não há um juiz sobre a terra, não resta nada além do apelo aos céus”...

Fonte: http://wesleycollyer.blogspot.com/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Santarrona de Forquilhinha

Janer Cristaldo

A “pérola das Antilhas” – isto é, o Haiti – gaba-se de ter sido o primeiro país latino-americano a declarar-se independente. Unidos sob a liderança de Toussaint L'Ouverture e, mais tarde, do ex-escravo Jean-Jacques Dessalines, negros e mulatos combateram as tropas francesas até a proclamação da independência em 1804. Independência para quê? Hoje, o Haiti é o país mais pobre do continente. Em um ranking de 180 países, seu PIB per capita ocupa o 130º lugar.

A Libéria – isto é, a Terra Livre - foi fundada no século XIX por escravos libertos dos Estados Unidos, não tendo conhecido o domínio colonial. O país foi criado pela American Colonization Society, organização criada em 1816 por Robert Finley, cujo objetivo era levar para a África negros livres ou negros que tinham sido libertos da escravidão. Segundo Finley e outros líderes americanos, os negros jamais seriam capazes de se integrar na sociedade do país. A única solução seria reenviá-los para a África, para evitar tanto a criminalidade como o casamento interracial.

Em 1821, a American Colonization Society adquiriu uma parcela de terra na África, onde se fixariam os primeiros colonos negros oriundos dos Estados Unidos. Em 1847, a Libéria declarou a sua independência, tornando-se o primeiro país africano a tornar-se independente.

Independência para quê? Hoje, a Libéria é ainda mais pobre que o Haiti. No mesmo ranking de 180 países, seu PIB per capita ocupa o 159º lugar.

Conclusão? Antes que me chamem de racista, apelo ao testemunho de George Samuel Antoine, cônsul do Haiti no Brasil. Sem saber que estava sendo gravado pela reportagem do SBT Brasil, Samuel Antoine disse: “O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá fodido". Verdade que logo depois se apressou em dizer que foi mal interpretado. Mas não vejo muito como interpretar mal sua afirmação. Disse, está dito. Como cônsul, deve conhecer bem o país que representa.

Em 1957, o médico François Duvalier, mais conhecido como Papa Doc, foi eleito presidente do Haiti, onde instaurou um governo baseado no terror promovido pelos tontons macoutes, membros de sua guarda pessoal. Em 1964, no melhor estilo de Fidel Castro ou Hugo Chávez, decretou sua presidência vitalícia. Deu ordens para a produção de panfletos, onde, entre outras informações, designava-se deus. Foi quando o Haiti tornou-se a nação mais pobre do continente.

Ao morrer, em 1971, foi substituído por seu filho, Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, que hoje come o amargo caviar do exílio em Paris.

Escrevi ontem sobre Zilda Arns, a Teresa de Calcutá tupiniquim, morta no terremoto, e afirmei: “quem conhece o que penso de Agnes Gonxha Bojaxhiu, a santarrona albanesa, sabe que nisto não vai nenhum elogio”. Não faltou leitor que me interpelasse. Que tens contra a madre Teresa? É leitor que não me acompanha.

Entre outras proezas, madre Teresa recebeu das mãos de Baby Doc a "Légion d'honneur" haitiana. Isso sem falar nas flores que levava à tumba de um dos mais sanguinários ditadores dos Balcãs, Enver Hoxha, seu conterrâneo.

Mas falava da Arns, a novel santa brasileira. Escreveu um de meus interlocutores: “Janer, tua biografia poderia passar sem essa crônica. Misturas alhos com bugalhos e de leva ofendes a Zilda Arns.. Essa mulher conseguiu criar, no Brasil, um serviço que reúne 250 mil voluntários e atende dois milhões de pessoas. O fato de ser religiosa apenas mostra a base para seus ideais. Independentemente da tua fobia por papas, bispos ou cardeais, poderias ter passado sem realizar essa agressão gratuita para uma pessoa cujo único crime foi a bondade”.

Bondade? Em termos. Por trás da bondade, muitas vezes se esconde a perversidade. Para atender dois milhões de miseráveis é preciso que existam dois milhões de miseráveis. O número deles seria menor se houvesse uma política de redução da natalidade. Isto, como boa católica, Zilda Arns não admitia. Condenava anticoncepcionais e preservativos. The sperm is sacred, como diziam os Monty Python. Esta atitude criminosa da Igreja romana, que só aumenta a miséria no mundo, está dizimando africanos aos magotes, pela AIDS, nos países de predominância católica. A Teresa de Calcutá tupiniquim foi cúmplice desta política assassina.

Com sua atitude hipócrita, Zilda Arns criava os miseráveis para depois atendê-los. A Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana é uma caftina de miseráveis. Não por acaso, só se expande em países pobres. Sem miséria, não é fácil ser santo. Falta clientela. Este política pode ser vista em São Paulo.

Quando alguma autoridade inventa de retirar os mendigos da rua, lá vêm as igrejeiras: "quem tirou daqui nossos mendigos? Queremos nossos mendigos de volta". Não estou usando de retórica. Esta frase eu a li no Ceciliano, boletim da paróquia de Santa Cecília, aqui ao lado de onde moro. Quando foram retirados os mendigos do largo que entorna a Igreja, os padres chiaram: queremos nossos mendigos de volta.

Miséria, bem explorada, dá lucro. Com milhares de mendigos na rua, estão garantidos os milhões de dólares que a Miseoror, a Cáritas e outras entidades européias enviam para a Igreja brasileira. Com estes milhões, Arns fornecia aos miseráveis uma sopa feita de arroz, milho, sementes de abóbora e cascas de ovo. Ontem ainda, esta gororoba foi saudada pelo senador Flávio Arns, seu sobrinho, como o grande "legado" deixado pela titia na luta contra a mortalidade infantil.

Lula já pede um prêmio Nobel póstumo para a santarrona de Forquilhinha. Obscurantismo, dizem os dicionários, é a atitude, doutrina, política ou religião que se opõe à difusão dos conhecimentos científicos entre as classes populares.

O obscurantismo de Zilda Arns não se resume à condenação do controle de natalidade. Ao manifestar-se contra as experiências com células-tronco, a médica sanitarista de Forquilhinha está negando a ciência e condenando experiências vitais para a humanidade. "Quanto mais próximo se está da ciência, maior o crime de ser cristão", já dizia Nietzsche.

Esta senhora, a estrela do terremoto no Haiti, de um obscurantismo que nos remete aos dias em que Galileu foi condenado pela Igreja Católica, está sendo hoje promovida a santa pela imprensa nacional.

Last but not least, não tenho fobia nenhuma por papas, bispos ou cardeais. Tenho asco. É diferente.

Nota: Cristaldo está sendo bondoso com Zilda Arns.

A instituição que ela fundou “a pastoral da criança”, atrás de uma fachada de cuidar de crianças, tinha – e tem - como objetivo primordial, canalizar dinheiro de entidades católicas internacionais, como Misereor e Cáritas, para o MST.

Lembrar que o MST é o braço armado do PT, que hoje conta com uma milícia treinada – e armada - pronta para enfrentar as forças armadas, em caso de ameaça ao implante do totalitarismo, que já está quase terminado.

Lembrar que o MST teve, como um dos mais ativos criadores, o cardeal vermelho Evaristo Arns, irmão de Zilda. Foi ele que disponibilizou, em São Paulo , toda a estrutura para o MST se instalar e crescer, inclusive pagando o aluguel de salas para os escritórios do MST. Foi ele que, usando a Igreja Católica, projetou os canais de desvio de verbas através de pastorais da terra e da criança, entre outras.

Foi ele quem serviu de interlocutor para conseguir apoio e dinheiro para o MST com entidades terroristas como O EZLN (exército zapatista mexicano), as FARC, ou ongs globalitárias como a Americas Watch, a Anistia Internacional, a Cruz Vermelha Internacional, a Anti Slavery de Londres, a Brazil Network de Londres, a Survival International de Londres, a poderosa Catholic Institute for International Relations de Londres (CIIR), a RLF (British Right Livelihood Foundation) de Londres, a Pax Christi da Bélgica, a Gaia Foundation de Londres, a WWF – World Wild Fund for Nature – fundada pelo príncipe Philip da Inglaterra, a Oxfam, o Greenpeace , o INESC – Instituto de Estudos Sócio-Econômicos, o braço brasileiro da Brazil Network , a CIDA - Canadian International Development Agency – e o CCDP - Canadian Catholic Development and Peace.

Lembrar que essas entidades estão todas empenhadas em limitar a soberania brasileira, utilizando os mais variados pretextos, tais como ecologia, indigenismo, direitos humanos e causas de reforma agrária.

Portanto, quando Lula quer o desacreditado (mas que rende 1 milhão de dólares) prêmio Nobel da Paz para Zilda ele está sendo sincero e agradecido com uma das maiores batalhadoras pelo criminoso MST.

Asinus asinum fricat. Os iguais se aplaudem.
L Valentin

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Simplesmente Corajosa

PRESIDENTE, VÁ SE FODER!

por Adriana Vandoni Curvo


Não sei se é desespero ou ignorância. Pode ser pelo convívio com as más companhias, mas eu, com todo o respeito que a "Instituição" Presidente da República merece, digo ao senhor Luis Inácio que vá se foder. Quem é ele para dizer, pela segunda vez, que tem mais moral e ética "que qualquer um aqui neste país"? Tomou algumas doses a mais do que o habitual, presidente?

Esta semana eu conheci Seu Genésio, funcionário de um órgão público que tem infinitamente mais moral que o senhor, Luis Inácio.

Assim como o senhor, Seu Genésio é de origem humilde, só estudou o primeiro grau e sua esposa foi babá. Uma biografia muito parecida com a sua, com uma diferença, a integridade. Ao terminar um trabalho que lhe encomendei, perguntei a ele quanto eu o devia. Ele olhou nos meus olhos e disse:
- Olha doutora, esse é o meu trabalho. Eu ganho para fazer isso. Se eu cobrar alguma coisa da senhora eu vou estar subornando. Vou sentir como se estivesse recebendo o mensalão.


Está vendo senhor presidente, isso é integridade, moral, ética, princípios coesos. Não admito que o senhor desmereça o povo humilde e trabalhador com seu discurso ébrio.

Seu Genésio, com a mesma dificuldade da maioria do povo brasileiro, criou seus filhos. E aposto que ele acharia estranho se um dos quatro passassem a ostentar um patrimônio exorbitante, porque apesar tê-los feito estudar, ele tem consciência das dificuldades de se vencer. No entanto, Lula, seu filho recebeu mais de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares) de uma empresa de telefonia, a Telemar. E isso, apenas por ser seu filho, presidente! Apenas por isso e o senhor achou normal. Não é corrupção passiva? Isso é corrupção Luis Inácio! Não é ético nem moral! É imoral!

E o senhor acha isso normal? Presidente, sempre procurei criar os meus filhos dentro dos mesmos princípios éticos e morais com que fui criada. Sempre procurei passar para eles o sentido de cidadania e de respeito aos outros. Não posso admitir que o senhor, que deveria ser o exemplo de tudo isso por ser o representante máximo do Brasil, venha deturpar a educação que dou a eles. Como posso olhar nos olhos dos meus filhos e garantir que o trabalho compensa, que a vida íntegra é o caminho certo, cobrar o respeito às instituições, quando o Presidente da República está se embriagando da corrupção do seu governo e acha isso normal, ético e moral?

Desafio o senhor a provar que tem mais moral e ética que eu!

Quem sabe "vossa excelência" tenha perdido a noção do que seja ética e moralidade ao conviver com indivíduos inescrupulosos, como o gangster José Dirceu (seu ex-capitão), e outros companheiros de partido, não menos gangsteres, como Delúbio, Sílvio Pereira, Genoíno, entre outros.

Lula, eu acredito que o senhor não saiba nem o que seja honestidade, uma prova disso foi o episódio da carteira achada no aeroporto de Brasília. Alguém se lembra? Era início de 2004, Waldomiro Diniz estava em todas as manchetes de jornal quando Francisco Basílio Cavalcante, um faxineiro do aeroporto de Brasília, encontrou uma carteira contendo US$ 10 mil e devolveu ao dono, um turista suíço. Basílio foi recebido por esse senhor aí, que se tornou presidente da república. Na ocasião, Lula disse em rede nacional, que se alguém achasse uma carteira com dinheiro e ficasse com ela, não seria ato de desonestidade, afinal de contas, o dinheiro não tinha dono. Essa é a máxima de Lula: achado não é roubado.

O turista suíço quis recompensar o Seu Basílio lhe pagando uma dívida de energia elétrica de míseros 28 reais, mas as regras da Infraero, onde ele trabalha, não permitem que funcionários recebam presentes. E olha que a recompensa não chegava nem perto do valor da Land Rover que seu amigo ganhou de um outro "amigo".

Basílio e Genésio são a cara do povo brasileiro. A cara que Lula tentou forjar que era possuidor, mas não é. Na verdade Lula tinha essa máscara, mas ela caiu. Não podemos suportar ver essa farsa de homem tripudiar em cima na pureza do nosso povo.

Lula não é a cara do brasileiro honesto, trabalhador e sofrido que representa a maioria. Um homem que para levar vantagem aceita se aliar a qualquer um e é benevolente com os que cometem crimes para benefício dele ou de seu grupo e ainda acha tudo normal! Tenha paciência! "Fernandinho Beira-Mar", guardando as devidas proporções, também acha seus crimes normais.

Desculpe-me, 'presidente', mas suas lágrimas apenas maculam a honestidade e integridade do povo brasileiro, um povo sofrido que vem sendo enganado, espoliado, achacado e roubado há anos.

E é por esse povo que eu me permito dizer: Presidente, vá se foder!

Adriana Vandoni Curvo
E-mail:
avandoni@uol.com.br
Blog: http://argumento.bigblogger.com.br/
Cuiabá / MT

Direitos Humanos, Terras Indígenas e Soberania

Jornal do Brasil, 25/01/2010

E inquestionável a necessidade de proteção aos indígenas e o respeito a seus direitos constitucionais. Infelizmente, o Estado falha em prestar-lhes a assistência devida para que, mantendo seus costumes e tradições, possam progredir como seres humanos e cidadãos em integração com os demais brasileiros.

O índio, por si, nunca foi, não é e jamais será uma ameaça! Por outro lado, o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNHD) estabeleceu algumas proposições relativas à questão indígena, que agravam vulnerabilidades à soberania e à integridade territorial do país.

O PNDH preconiza o “reconhecimento do status constitucional de instrumentos internacionais de Direitos Humanos novos ou já existentes ainda não ratificados”; considera os indígenas nacionais pertencentes a “povos indígenas” como se os brasileiros não constituíssem um único povo; e defende que o desenvolvimento deve “garantir a livre determinação dos povos, o reconhecimento de soberania sobre seus recursos e riquezas naturais”.


Merecem atenção as armadilhas semânticas destacadas no parágrafo.

Um daqueles instrumentos internacionais aprovados na ONU, com o voto do Brasil, é a Declaração de Direitos dos Povos Indígenas, que lhes concede, entre outros, os direitos a: autogoverno, autodeterminação da condição política, possuir instituições políticas e sistemas jurídicos próprios, pertencer a uma “nação indígena” e vetar operações militares e medidas administrativas da União.

Portanto, o PNDH propõe ratificar na Constituição Federal: os índios pertençam a povos indígenas distintos do povo brasileiro, constituam outras nações com organização política própria e exerçam os direitos supracitados e a soberania sobre recursos e riquezas existentes, privando a imensa maioria de cidadãos brasileiros desses bens, vez que os indígenas poderão vetar medidas administrativas da União.

Nenhum estado da Federação tem tamanha autonomia.

Assim, ficariam revogadas as ressalvas estabelecidas pelo STF na decisão sobre a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, pelas quais o Tribunal entendeu preservar nossa soberania e integridade territorial. Povo, território, nação e organização política indígenas fundamentarão, no futuro, o reconhecimento internacional de dezenas de potenciais estados-nação dentro de nossas fronteiras.

É a atomização do Brasil.

Os defensores da posição adotada pelo governo reportam-se ao artigo 46 da Declaração, em que consta não poder ela ser usada contra a soberania das nações.

Ora, basta ler os direitos nela concedidos, que são uma prévia e voluntária renúncia à soberania pelo próprio país, para concluir que o artigo é irrelevante.

Por outro lado, o artigo 42 reza que “as Nações Unidas, seus órgãos, incluindo o Forum Permanente para as Questões Indígenas e os organismos especializados, assim como os estados, promoverão o respeito e a plena aplicação das disposições e velarão pela eficácia da presente Declaração”. Um dos órgãos das Nações Unidas é o Conselho de Segurança, que determina as intervenções internacionais, nesse caso, ao amparo do artigo 42.

Além disso, são intensificados os esforços nos organismos internacionais para o dever de ingerência, ou o de proteger, ser aceito ou imposto à comunidade mundial.

Em suma, trata-se do respaldo para intervenções em países que não demonstrem condições ou vontade de garantir os direitos humanos de seus povos ou que vivam situações de extrema necessidade de ajuda humanitária internacional.

Em algumas décadas, as imensas terras indígenas, particularmente na calha norte do Rio Amazonas, terão grandes populações apartadas dos irmãos brasileiros, devido à política segregacionista de sucessivos governos, e desnacionalizadas por influência de ONGs alienígenas, financiadas por organizações estrangeiras ou por outros países, portanto, sem nenhum compromisso com o Brasil.

No futuro, os indígenas poderão requerer a autonomia para essas terras com base na Declaração de Direitos dos Povos Indígenas e, não sendo atendidos, a intervenção da ONU com base no Dever de Proteger.

Se o PNDH for considerado um vírus mortal, disseminado num atentado contra a democracia, o seu efeito colateral contaminará a soberania nacional.

Luiz Eduardo Rocha Paiva,
(além de general da reserva, é professor emérito e ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Não ao III Reich do Stalinácio!

Interessante artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Jorge Serrão

"Impossível acreditar que Luiz Inácio Lula da Silva, o apedeuta mais sabido e Filho do Brazil, não soubesse do teor “revolucionário-golpista” do famigerado decreto que assinou, instituindo o pretenso Programa Nacional de Direitos Humanos. Os nazipetralhas ultrapassaram os limites da Democracia e comprovaram que, de fato, não existe segurança do Direito no Brasil.

Diante da repercussão do monstrengo autoritário – produzido pelos petralhas radicalóides -, a máquina do Bolcheviquepropagandaminister vai jurar que Lula e sua candidata Dilma Rousseff (da Casa Civil, por onde passam todos os decretos) ignoravam o pleno teor do “PNDH3” que desagradou a gregos e baianos, além dos militares, da Igreja Católica, do agronegócio e de parte da Imprensa que acordou para os perigos do ato institucional petista – que poderia ser apelidado de Ai-13.

Por sorte, o "decreto" que cria o plano é apenas um protocolo de intenções do governo. Não tem força de lei. Para tornar legais as principais sugestões do texto proposto, o Executivo terá que encaminhar ao Congresso projetos de lei para legalizar ações do plano. O monstrengo de 199 páginas está disponível em arquivo eletrônico no site: http://www.sedh.gov.br/.

Um dos pontos mais graves e demagógicos, para a implantação dos objetivos revolucionários dos radicais petralhas, é a adoção de “iniciativas legislativas diretas”. A proposta esconde a intenção do Executivo em, praticamente, tornar inútil o Legislativo. Na cartilha petralha, será o povo quem “vai decidir” através de “plebiscitos, referendos, leis de iniciativa popular e veto popular”.

Os militares estão, literalmente, “PTs” da vida com o chefão-em-comando $talinácio. As legiões desconfiam de tudo que está escrito nas páginas 169 a 173 do “PNDH3”. Principalmente do objetivo estratégico da Diretriz número 25: “Suprimir do ordenamento jurídico brasileiro eventuais normas remanescentes de períodos de exceção que afrontem os compromissos internacionais e os preceitos constitucionais sobre Direitos Humanos”.

Uma outro proposta que tira os militares do sério é estimular o debate nacional e no Judiciário sobre a “revisão da Lei de Anistia”. Trata-se de uma ideia absolutamente inconstitucional e inviável do ponto de vista prático. Nem Lula tem interesse pessoal em remexer no tal “passado da dita-dura”. Se a história for contada devidamente, Lula sabe que pode sobrar problemas até para ele.

O objetivo estratégico da Diretriz número 23 também irritou os militares: “Promover a apuração e o esclarecimento público das violações de Direitos Humanos praticadas no contexto da repressão política ocorrida no Brasil no período fixado pelo artigo 8º do ADCT da Constituição Federal, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”. E a diretriz número 24 deixou claro o “revanchismo”: “Incentivar iniciativas de preservação da memória histórica e de construção pública da verdade sobre períodos autoritários”.

Curtindo férias nas mordomias especialmente criadas para ele no Forte dos Andradas (unidade do Exército, no Guarujá (SP) -, Lula se preocupa com as crises militares fabricadas por seus radicais – claro, com a anuência ou omissão do popular chefão. Lula ficou preocupado com o recado vindo diretamente de um dos “diários oficiais” da Oligarquia Financeira Transnacional que lhe dá sustentação.

A revista inglesa The Economist desta semana, na matéria intitulada "Não olhe para trás", advertiu que Lula deveria ficar atento à possibilidade de um confronto com as Forças Armadas. The Economist lembrou a Lula que o Exército brasileiro também "é popular e muito poderoso". Resta saber se Lula vai entender ou não o recadinho dos aliados ingleses.

The Economist não fala em ameaça militar ao quadro vigente – que já configura, há muito tempo, clima para uma quebra institucional. A sorte de Lula – embora os petralhas vivam mordendo e assoprando as Legiões – é que os militares não articulam golpes de Estado ou movimentos contra-revolucionários como o de 1964. Agora, são os nazipetralhas quem dão o golpe institucional – para garantir o Terceiro Reich de $talinácio.

Mas os militares mandam recados. Circulava ontem, em e-mails de Generais, a célebre frase de Benjamin Constant: “O militar não pode nunca ser instrumento servil e complacente, responsável por obediência passiva, inconsciente, que avilta seu caráter, destrói seu incentivo e degrada sua moral. Quem se omite, indiretamente se associa”.

A mensagem não serve apenas para os que vestem quepe. Mas é um recado aos segmentos esclarecidos da sociedade brasileira que ainda têm vergonha na cara e não aceitarão que o esquema revolucionário petralha nos imponha um “Terceiro Reich” tupiniquim, por decreto do popular chefão-em-comando."

domingo, 10 de janeiro de 2010

Venezuela com inflação de 25% - E daí? - Parte 2

E daí que o líder populista, tão amado pelo Lulla e seus asseclas, já começa a descida ladeira abaixo, na sua corrida desenfreada para acabar com a Venezuela.

Veja as notícias do hoje:

"O presidente venezuelano, Hugo Chávez, deu ordens neste domingo ao Exército para verificar se não haverá remarcação de preços depois que ele decretou uma desvalorização da moeda na semana passada. Ele também advertiu que pode confiscar qualquer supermercado que especule.

Chávez anunciou uma taxa de câmbio de 2,6 bolívares por dólar para bens prioritários como alimentos e medicamentos. Para o comércio e as indústrias automotiva e têxtil, a taxa será de 4,3 bolívares por dólar. A taxa de câmbio única fixa até a sexta-feira passada foi de 2,15 bolívares por dólar.

"Não há razão para ninguém aumentar os preços de absolutamente nada. Quando houver falta, o governo será o primeiro a reconhecê-lo (...) produto de uma pesquisa bem consciente", disse, em seu programa semanal de rádio e televisão Alô, Presidente. "Quero que a Guarda Nacional vá às ruas com o povo para lutar contra a especulação", acrescentou.

O coronel-golpista, tornado presidente, disse ainda que seria capaz de tomar os supermercados de seus donos e dá-los aos trabalhadores se houver remarcação de preços. Chávez acusou os meios de comunicação de provocar terror na população ao antecipar que todo tipo de produto aumentará de preço.

Canais de TV e jornais neste domingo mostraram fotos de longas filas de pessoas comprando eletrodomésticos. Eles também apresentaram várias análises de como a desvalorização afetará os diferentes setores da economia. Porém, o governo socialista assegurou que o impacto sobre os preços não seria forte. O país teve a maior inflação do continente em 2009, de 25,1%."

Exército tomando conta de preço de supermercado? Acho que já ví este filme, antes.

Foi dirigido por um cineasta medíocre, chamado José Sarney, que iniciou uma corrida inflacionária que quase acabou com a economia brasileira, até que o Itamar Franco e o Fernando Henrique Cardoso salvaram a pátria, com o Plano Real.

Apesar da forte oposição do Lulla e seu PT.

Os governos "socialistas" conseguem criar grandes ditaduras, violentas polícias políticas, mas não conseguem "dobrar" as leis de mercado. A defunta União Soviética e seus satélites, que o digam.

Direitos Humanos? Não sei, não . . .

É, realmente, interessante ver os terroristas transvestidos de defensores dos direitos humanos.
Seria cômico se não fôsse trágico.

Pessoas que assaltavam bancos e matavam gente inocente, agora defensores de criminosos comuns (a gangue do MST, por exemplo), vão nos impondo uma legislação sem qualquer fundamento constitucional.

Antigamente, nós ainda podíamos esperar que o STF julgasse a lei inconstitucional e pronto.
Hoje, não sei não. Com todo mundo comprado ou co-optado, tenho minhas dúvidas.

Interessante o artigo do Nivaldo Cordeiro, no seu blog, que reproduzo aquí, em parte:

"Direitos humanos é a falsificação do direito e da filosofia, funcionam como mecanismo de mergulho na Segunda Realidade fantasmagórica de que nos falou Cervantes, no Dom Quixote, assim como os grandes filósofos do século XX, como Ortega y Gasset e Eric Voegelin e Leo Strauss. A dessacralização do direito, a antropologia sofista desprovida de Deus, o anelo perfectibilista que propõe as leis estatais como instrumento de beatitude salvífica ainda nesse mundo são a fórmula da loucura coletiva que gerou o comunismo, o nazismo, as fórmulas híbridas de socialismo que dominam hoje em todo o mundo. Gerou Obama e gerou Lula.

Essa digressão toda para falar do famigerado decreto do ministro Paulo Vannuchi. Como eu suspeitava, toda a peçonha revolucionária do PT veio a tona de uma só vez. Como eu suspeitava, Lula não vai rever o decreto. Se Nelson Jobim quiser que peça demissão, se os comandantes das Forças não estiverem satisfeitos que se demitam. Todos que apoiaram Lula e o PT se desiludam, que agora são os “verdadeiros” petistas os que darão as cartas. Se Dilma for eleita (e será, não consigo mais imaginar o PT entregando o poder de forma pacífica) essa loucura bolchevique será posta em prática enlouquecendo a Nação e conduzindo-a para o beco da destruição. Foi assim em toda parte em que os revolucionários tomaram o poder, será assim também por aqui.

Vivemos como viveram os alemães nos anos trinta, à espera do pior.

Eu vi na Confecom, outra assembléia leninista apoiada pragmaticamente por grupos empresariais. Um ensaio do que nos espera. Essa gente usa o bordão dos direitos humanos para justificar todas as suas loucuras e até mesmo a Confecom foi assim justificada, definindo comunicação enquanto um dos direitos humanos. Não há mais força organizada que possa enfrentar as maluquices revolucionárias. Nem mesmo os militares, que falam sozinhos sobre os perigos, sem apoio algum da sociedade civil. O poder está concentrado nos alucinados que bradam por direitos humanos, essa estultice filosófica, essa mentira da alma. Os lunáticos tomaram conta do país e passaram a formular suas políticas e a escrever as leis e decretos. O desastre será inevitável. "

O Brasil já viveu situação semelhante, no passado.
Mas, no passado, a sociedade civil reagiu a tempo. Agora, está amortecida.

"Aquele que não pode recordar-se do passado está condenado a repetí-lo."
George Santayana, filósofo e escritor.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Será o PT nada mais que o velho PTB renascido?

Parece que sim, pelo menos na opinião da jornalista Lúcia Hippolito.

Vejam o que ela escreveu.

"O TRIUNFO DA PELEGADA"
(por Lúcia Hippolito)

O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.

Os orgulhosos padrinhos foram, primeiro, o general Golbery do Couto e Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposicão brasileira.

Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT.. Foi um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que foi o general Golbery.

Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento de um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.

O PT cresceu como crianca mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.

O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.

O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.

Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.

Tudo muito chique, conforme o figurino.

E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidencia da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.

A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plinio de Arruda Sampaio Junior.

Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.

Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida Frei Betto.

E agora, bem mais recentemente, o senador Flavio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.

Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.

Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.

Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.

Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando beneficios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municipios. Alem do governo federal, naturalmente.

(AS PESSOAS ESCLARECIDAS, [DO BEM] PULARAM DO BARCO, ANTES DAS RATAZANAS TOMAREM CONTA DE TUDO).

É o triunfo da pelegada.."

Lucia Hippolito é cientista política, historiadora e jornalista, especialista em eleições, partidos políticos e Estado brasileiro. É comentarista política da rádio CBN desde 2002. Faz comentários, também, para a UOL News e para a Globonews.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Venezuela com inflação de 25% - E daí?

Deu na imprensa, hoje:

"CARACAS (AFP) - A Venezuela fechou 2009 com uma inflação de 25,1%, inferior à registrada em 2008, de 30,9%, informou nesta quinta-feira o Banco Central do país (BCV).
O ano 2009 marcou uma importante redução na pressão inflacionária no país, ao mesmo tempo em que continuarão os esforços coordenados de política econômica para consolidar esta tendência em 2010", explicou o BCV em seu relatório.

Segundo o BCV, o índice de escassez de produtos na capital - que mede a disponibilidade de uma série de produtos básicos para a população - se situou em 13,2% em dezembro.

Para 2010 o governo da Venezuela prevê um crescimento econômico de 0,5%, em relação ao tombo de 2,9% registrado em 2009."

Este é o país que o Lulla apoia e elogia. A Venezuela nunca foi uma exemplo muito bom, como país, mas pelo menos vivia numa democracia e com a economia em crescimento, quando o amigo do "cara", Hugo Chavez, assumiu o governo em Janeiro de 1999.

Com uma produção de petróleo em torno de 2 milhões de barris/dia, uma ambicioso plano de aumentar a produção para 5 milhões de barris/dia, a Venezuela recebia bilhões de dólares em investimentos estrangeiros, no final da década de 90.

Caracas, a capital, era considerada uma das mais seguras capitais da América Latina, com uma vida cultural bastante movimentada, excelentes restaurantes e baixíssimo nível de violência.

Onze anos depois, a Venezuela tem um dos menores índices de investimentos estrangeiros da América do Sul, uma dos maiores índices de inflação e Caracas se transformou na cidade mais violenta das Américas.

A produção de petróleo, depois que Chavez demitiu todos os técnicos e engenheiros da estatal Petróleo de Venezuela e cancelou os contratos de risco assinados, no governo anterior, caiu para pouco mais de 1,4 milhões de barrís/dia.


Os supermercados do país exibem prateleiras vazias (faltam 13% dos alimentos básicos, segundo o govêrno e 50% segundo analistas independentes), enquanto containers com alimentos perecíveis se perdem, depois de ficar meses nos portos, num país com a infraestrutura logística falida.

Com um nível de corrupção elevadíssimo, controle de quase 100% de imprensa nas mãos do governo e de seus aliados, constantes ataques à propriedade privada, a Venezuela se transformou naquilo que Hugo Chavez prometia, na sua campanha à presidência, em 1998: uma Cuba com petróleo.

Só que o petróleo, que custava US$ 12/barril em 1999 e hoje custa seis vezes mais, não é suficiente para manter esta ditadura disfarçada, altamente admirada pelos políticos do partido do Lulla.

Os investimentos estrangeiros sumiram, investimentos privados venezuelanos sairam do país e foram para a vizinha Colômbia, segundo maior fornecedor de alimentos da Venezuela, depois dos Estados Unidos e, maior ainda, que o Brasil.

O plano estratégico de Hugo Chavez, para transformar a Venezuela na Cuba dos seus sonhos, porém, está fazendo escola.

Os recentes decretos assinados por Lulla, em diversar áreas, "costurados" nos gabinetes de ex-terroristas, hoje alçados a cargos ministeriais, começam a pavimentar a realidade brasileira para o pesadelo venezuelano.

Na Venezuela, como aquí, o presidente conta com grande apoio da população, apoio mantido através de esmolas oficiais, com nomes sofisticados.

Explorando ao máximo o ensinamento recebido de seu mentor, o decrépito quase-morto Fidel Castro, Hugo Chavez está transformando um belíssimo país de 24 milhões de habitantes, em mais um exemplo prático do desastre que ditaduras e regimes rotulados de "socialistas", costumam provocar.

A lição do fracasso da União Soviética e de seus satélites, não foi aprendida por alguns povos, ainda.

Uma pena.

Vingança ou Maluquice?

Texto de Alexandre Garcia, de Brasília

O País viveu em paz por 30 anos, até que a dupla Genro/Vanucci resolveu desenterrar o passado.
Os militares não queriam o poder. Pressionados pelas ruas, pelos meios de informação, derrubaram Goulart e acabaram ficando 21 anos.

Quando derrubaram o presidente, já havia grupos treinados em Cuba, na China e União Soviética para começar por aqui uma revolução socialista. Com a contra-revolução liderada pelos militares, esses grupos se reorganizaram para a resistência armada. E o governo se organizou para combatê-los. Houve uma guerra interna de que os brasileiros, em geral, não tomaram conhecimento porque enquanto durou, quase 20 anos, houve um total de 500 mortos - número que o trânsito, hoje, ultrapassa em menos de uma semana.

Numa estratégia elaborada pela dupla Geisel-Golbery, planejou- se então devolver o poder aos civis de forma “lenta, gradual e segura”. E, como coroamento do processo, o governo fez aprovar no Congresso, em 1979, a Lei da Anistia, bem mais abrangente que a defendida pela oposição. Uma lei que pacificasse o país, no novo tempo de democracia que se iniciava. Uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Que institucionalizasse o esquecimento, a pá-de-cal, pelos crimes cometidos por ambos os contendores, na suja guerra interna. Incluíam-se os que mataram, assaltaram, jogaram bombas, roubaram - de um lado - e os que mataram e torturaram do outro.

A Nação inteira respirou aliviada quando o Congresso aprovou o projeto do governo e os banidos e asilados começaram a voltar, entre eles o mais famoso de todos, Fernando Gabeira, que havia sequestrado, junto com Franklin Martins, o embaixador americano. E o Brasil viveu em paz por 30 anos, elegendo presidentes, descobrindo escândalos de corrupção, ganhando copas do mundo.

Até que a dupla Tarso Genro, ministro da Justiça, e seu secretário de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, resolveram desenterrar o passado para se vingar de supostos algozes de seus companheiros de esquerda revolucionária. Criaram um órgão para isso. Puseram tudo num decreto, e passaram para o Gabinete Civil, da Ministra Dilma.

De lá, o calhamaço foi para a assinatura do presidente Lula, envolvido, na Dinamarca, com a empulhação do “aquecimento global”. Lula alega que assinou sem ver. E eu fico curioso por saber se a assinatura tem valor, porque aqui no Brasil havia um presidente em exercício, José Alencar.

O ministro Nélson Jobim, surpreendido com a unilateralidade do decreto, pediu demissão. E os três comandantes militares se solidarizaram com o ministro.

Até que se revolva o impasse, está no ar a primeira crise militar do governo Lula. O decreto cria um órgão para estudar a revogação da pacificadora Lei de Anistia. Orienta a punição dos torturadores mas não dos sequestradores, assassinos e terroristas. Preserva, assim, soldados da guerra revolucionária como os ministros Dilma, Franklin e Minc. E vai atrás de coronéis da reserva.

Baseia-se na Constituição, que considera tortura crime imprescritível; omite que terrorismo também é imprescritível, pela Constituição.

E esquece o princípio de Direito pelo qual a lei só retroage para beneficiar o réu, não para condená-lo. A Lei de Anistia é de 1979 e a Constituição de 1988.

Por que agitar um país pacificado? Vingança ou maluquice mesmo?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

É Preciso Acreditar, Para Não Esmorecer

Meu amigo João Zucoloto, de Curitiba, enviou este clip.

Em tempos de mensalão, dinheiro na cueca e panetones milionários, esta mensagem vale a pena ser considerada.

Compartilho com vocês.



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A Crise Militar que não houve - ainda.

Um amigo me mandou o artigo abaixo, escrito por Nivaldo Cordeiro, que reproduzo por concordar com o conteúdo.

A CRISE MILITAR QUE NÃO HOUVE
31 de dezembro de 2009

"As esquerdas brasileiras sempre souberam que seu inimigo jurado de morte são as Forças Armadas. Por elas foram derrotadas em todas as vezes que quiseram medir forças, como em 1935, 1964 e anos subseqüentes. As Forças Armadas são a única organização capaz de lhes fazer frente, não apenas no plano militar propriamente dito, mas também no plano ideológico. Os “milicos” encarnam a Nação, têm história longa, confundem-se com a Independência e a unidade nacional; têm tradição que cultivam e também seu próprio sistema de formação de quadros, até agora impermeável à catequização comunista.

Desde que triunfaram utilizando os métodos de Gramsci que as esquerdas cercam seu maior inimigo, ora adulando, ora ignorando, ora provocando escaramuças para saber até onde vai o pavio das Forças Armadas. A aproximação do fim do mandato de Lula, que tentaram por todos os meios prolongar, fez com que se precipitasse o embate mais afoito. Essa tentativa de rever a Lei de Anistia é o Rubicão que não pode ser cruzado. Elas sabem disso, mas encontram-se em um impasse estratégico: estão em seu melhor momento histórico para dar o bote totalitário, mas desconfiam que não acumularam força suficiente para degolar o inimigo.

Seu balanço de poder é muito favorável: têm a Presidência da República, têm a opinião pública, os empresários estão inermes a seus pés, dependentes de recursos financeiros e de alivio da fiscalização estatal, cujo garrote vil foi apertado ao limite nas últimas décadas. Têm o sistema de ensino e os meios de comunicação, que estão em processo de domínio total depois da realização da Confecom. Têm apoios internacionais de que nunca dispuseram. Têm milícias em todos os recantos do país, a começar pelo MST. Têm as universidades, as igrejas, o meio editorial, o imenso funcionalismo público, por elas inflado criminosamente nas últimas décadas. Têm os sindicatos e os fundos de pensão.

Para ter o poder total as esquerdas só precisam mesmo conquistar as Forças Armadas, isto é, capacidade militar e organização. Essa é sua fraqueza congênita e por isso, desde a origem, tentaram o golpe de Estado, para controlar os “milicos” desde cima. Até agora falharam no intento. As Forças Armadas, para alívio da Nação, continuam sendo o esteio da nacionalidade e o instrumento garantidor das liberdades. Os inimigos traiçoeiros, apesar do tempo que dispuseram, dos recursos, das patranhas, das promessas populistas nunca conseguiram transpor os umbrais dos quartéis. Lá, mesmo Lula, só entram como convidadas e só falam com os comandantes, uma elite bem formada e moralmente superior, avessa ao seu proselitismo.

Lendo os editoriais de hoje dos principais jornais podemos ter três pontos de vista sobre o episódio que quase culminou com a saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa. O Estadão, como há muito, não tinha um posicionamento tão afirmativo e coerente com seu passado de lutas pela liberdade. O editorialista deixou de lado a covardia que tomou conta do jornal nos últimos tempos. Brincando com Fogo deu nomes aos bois: “A reação dos comandantes militares à tentativa mais uma vez patrocinada pelo ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, de revogar a Lei da Anistia foi enérgica e recebeu inteiro apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que há tempos vem tentando conter as iniciativas revanchistas de Vannuchi e do ministro da Justiça, Tarso Genro. As pessoas pouco afeitas aos fatos ligados à repressão política, durante os governos militares, e que somente tomem conhecimento das iniciativas daquela dupla de ministros certamente terão a impressão de que os quartéis, na atualidade, estão cheios de torturadores e as Forças Armadas são dirigidas por liberticidas. Nada mais falso”.

E mais disse: “Para os militares, é ponto de honra que a Lei da Anistia permaneça em vigor, nos termos em que foi aprovada em 1985. Entre outros motivos, porque assim se isola a instituição de uma fase histórica conflituosa, que exigiu que os militares deixassem de lado sua missão profissional tradicional e assumissem os encargos da luta contra a subversão. Isso não se fez sem prejuízos à coesão e à hierarquia das Forças Armadas. Para a Nação, a manutenção da Lei da Anistia é mais que um ponto de honra. É a garantia de que os acontecimentos daquela época não serão usados como pretexto para que se promova uma nova e mais perniciosa divisão política e ideológica da família brasileira”.

Já a Folha de São Paulo, jornal completamente tomado pelas esquerdas, tentou como sempre relativizar (Confronto vão). Ao invés de criticar o autor da proeza, o ministro Tarso Genro, faz o contrário, elogiou-o: “Foi acertada a atitude do ministro da Justiça, Tarso Genro, ao declarar que "não há nenhuma controvérsia insanável" em torno do texto do Programa Nacional de Direitos Humanos e da chamada "Comissão da Verdade", destinada a apurar os casos de tortura e de desaparecimento de presos políticos durante o regime militar. É legítima qualquer investigação histórica sobre esse período, durante o qual crimes foram cometidos pelos dois lados em conflito”.

Ora, foi precisamente o rei da República petista de Santa Maria quem cutucou a onça com vara curta, ele que aparelhou a Polícia Federal para ser uma espécie de polícia política, contra todos os inimigos. Ela só não é eficaz contra os “milicos”. Nos quartéis não tem dinheiro na cueca, nem negociatas, nem insidiosas transações que atraiçoam os brasileiros. Tem gente de escol, de moral superior. E tem armas. Lá sua jurisdição não alcança. A Folha de São Paulo, como sempre, mentiu e enganou os seus leitores, se alinhando com as esquerdas revolucionárias.

O editorial de O Globo preferiu desvincular a figura de Lula da crise (Revanchismo): “A conhecida ambiguidade do presidente Lula deriva de uma característica da montagem do seu governo, uma estrutura sem unidade, composta de capitanias hereditárias, sob controle de agrupamentos políticos de tendências disparatadas”.Ora, Lula não foi ambíguo de jeito nenhum, publicou o decreto e só deu um passo atrás porque viu que os homens em armas não estão para brincadeira. Os “milicos” não vão tolerar esse tipo de provocação e por isso Lula teve que enfiar a viola no saco e mandar seu Sinistro da Justiça calar o bico. Lula está na linha de frente da conversão do Brasil em uma sociedade comunista e não cabe mais a idéia de que não sabe o que seus ministros fazem, sobretudo aqueles encarregados de levar à frente o projeto revolucionário.

Lula foi realista e fez a parte que lhe cabe, de recuar, mas o realismo não o isenta de ter endossado a iniciativa insana.

Não houve crise militar, houve uma escaramuça, uma simples medição de força. As esquerdas perderam a rodada, mas elas nunca desistem. Voltarão. Uma crise militar de verdade tiraria Lula do poder em horas. As esquerdas já viram esse filme antes. Espero que elas paguem para ver. Elas estão impacientes e não querem mais aguardar o tempo de dar o bote certo. Crise militar de verdade teve em 1935 e em 1964, quando os Guardas da Pátria fizeram o que precisava ser feito: vencer os degenerados."

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pense Nisso

A vida começa quando você começa a ter uma vida que vale a pena viver.

Lí esta frase num blog e fiquei pensando: é verdade.

Não importa a sua idade, não importa quem você é, ninguém é mais feliz do que você pode ser.

Só depende de nós mesmos. Ninguém vai fazer conosco aquilo que não permitirmos. Nós sempre podemos lutar contra aqueles que nos oprimem ou pensam em nos oprimir.

Se você não conseguir vencer, de que vale viver?

Livre, é a palavra.

Ou como disseram os inconfidentes, "liberdade ainda que tardia".
Pense nisso: eles lutaram e morreram por que a Coroa Portuguesa cobrava 20% de impostos. Pense nisso, quando vir os 37,5% que tiram do seu salário, diretamente no contra-cheque. E o IPI que está escondido nos preços e você nem sabe quanto é.

Pense nos 18% de ICMS que você paga em quase tudo que consome.

Você pensa que opressão é não poder votar para presidente da república? Assim mesmo, em minúsculas? Que felicidade coletiva é "diretas já"?

E daí? Você vota pra presidente e, junto com este direito, veio a obrigação de sustentar a farra dos mensalões, dos cartões de crédito corporativos, dos dólares nas cuecas, nas meias, nos bolsos e no "relaxe e goze".

Está satisfeito? Eu não estou.

Se vou fazer alguma coisa a respeito? Você pode apostar !!!!!!

A Revolução dos Bichos, versão PT

Reproduzo, aquí, o artigo do Reinaldo Azevedo, publicado na Veja.com de domingo, 3/1/2010.

É interessante ver como esta corja que ocupou o governo, desde que os brasileiros passaram a acreditar em conto-de-vigário a nível nacional, está fazendo para buscar implementar no nosso país o mesmo regime existente nos paraísos socialistas morenos, tipo Cuba e Venezuela.

Já tentaram várias coisas, inclusive controlar a imprensa, com aquele projeto fajuto de controlar os jornalistas. Mas isto é assunto para outra postagem.

O artigo é digno de leitura, ainda que se discorde (ou não) com que o Reinaldo Azevedo escreve.
Eu não sou advogado, mas o mínimo que aprendi quando estudei Direito Constitucional, mostra que ele está com razão.

"TERRORISTA CAÇA TORTURADOR? EM NOME DO QUÊ?

Fica chato ter de começar o texto lembrando as famosas “exceções de sempre”, mas é inevitável. Então vamos lá: com as famosas exceções de sempre, a chamada grande imprensa decidiu se comportar como linha auxiliar do governo Lula. E nem por isso os “Franklin boys” pararam de atacar os grandes veículos de comunicação, acusando-os de fazer jornalismo de oposição. Estão trabalhando. Sabem que sua patrulha é bem-sucedida. E que se note, hein: parte do jornalismo cede à vigilância, mas outra parte adere por convicção ou interesse.

Vejam o que aconteceu com o qüiproquó armado pelos revanchistas, com a anuência de Lula, que levaram o governo a uma crise militar: o assunto sumiu do noticiário. E, quando esteve presente, ainda foi porcamente tratado. Todos os decretos assinados pelo presidente tem o “nihil obstat” da Casa Civil. Logo, o texto que cria a tal Comissão da Verdade tem as digitais de Dilma Rousseff, titular da pasta e candidata do PT à Presidência. O fato foi praticamente omitido. Como se omite também a participação direta de Franklin Martins, hoje uma espécie de primeiro-ministro para assuntos políticos, no imbróglio.

O assunto não está resolvido, o descontentamento entre os militares é grande - até porque foram trapaceados -, mas o assunto foi para a geladeira. Afinal, vocês sabem, ninguém quer dar a impressão de que é crítico de um governo tão… popular! Popularidade agora dá licença para o governo fazer bobagem. E a tal Comissão da Verdade é uma dessas vigarices políticas ímpares. Sua estupidez não é matéria de avaliação ou gosto: é matéria de fato. E vou demonstrar por quê.

Antes, no entanto, que me apegue às questões as mais objetivas, que não dependem de escolhas de natureza política ou ideológica, faço questão de expressar um ponto de vista que é político, que é ideológico. Não fosse por outra razão, que seja por esta: faço questão de deixar claro, no meu primeiro texto de 2010, que busco evidenciar com clareza ainda maior quais são os marcos deste blog. Então lá vai, em negrito - as questões legais vêm depois:

Ainda que houvesse sentido jurídico na revisão da Lei da Anistia e que os torturadores de então - ou seus colaboradores e/ou incentivadores - pudessem ser chamados ainda hoje de torturadores (dada a imprescritibilidade do crime), eles não poderiam ser julgados por um tribunal político composto de TERRORISTAS. Se é verdade que um torturador será torturador para sempre, então um terrorista será terrorista para sempre. E estes não podem julgar aqueles.

Aliás, na Constituição brasileira, SÓ O TERRORISMO É IMPRESCRITÍVEL. É uma falha a ser sanada. Basta ler os incisos 43 e 44 do artigo 5º da Constituição:

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.


Aí alguns tontos escrevem: “O que é que os militares têm de se meter nessa história? Que fiquem quietos! Isso é assunto para civis”. Seria caso se tratasse de uma ação corriqueira da política, dentro dos marcos da Constituição. Mas esse decreto não resiste a dois outros incisos do próprio Artigo 5º:

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

A comissão se constitui num óbvio tribunal de exceção, e a Lei de Anistia produziu efeitos evidentes. Trata-se de uma proposta de inconstitucionalidade arreganhada. Mas não fiquemos só nesses aspectos. Aliás, para fazer o que quer a turma da pesada do governo Lula - Paulo Vannuchi, Dilma Rousseff, Franklin Martins e Tarso Genro -, seria preciso praticamente extinguir o Artigo 5º da Carta. Em dois outros incisos, ele estabelece:

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

O crime de tortura só foi definido, como pede a Constituição, em 7 de abril de 1997 (Lei nº 9455), o que já lembrei aqui em vários textos, em especial em um de 4 de novembro de 2008.

E daí que Cezar Britto, presidente da OAB, apóie a tal comissão? Desde quando ele é meu norte ético? Aliás, não é nem meu norte jurídico. Sua opinião nesse caso, como em muitos outros, não tem, entendo, nada de técnica. É pura ideologia. Ele só pode defender seu ponto de vista flagrantemente inconstitucional fazendo um tanto de demagogia. Ora, doutor Britto deveria ter um pouco mais de compostura intelectual. Se quer fazer política, o caminho são as urnas, mas não as da OAB.

Aí dizem alguns retóricos do pé quebrado: “Precisamos conhecer nosso passado para não repeti-lo: tortura nunca mais!” É? E os historiadores desse passado serão os egressos do MR-8? Da VPR? Da ALN? Os terroristas vão estufar o peito de sua moral homicida para caçar torturadores? Por que nós devemos lhes dar tal licença quando sabemos que não é justiça que buscam, mas vingança - e, como sempre, não estão nem aí se jogam ou não o país numa crise política?

Tortura nunca mais? O que faz o doutor Britto e outros amostrados que não se mobilizam para valer contra a tortura que existe nas cadeias contra presos comuns? Ou esses valentes são apenas contra a tortura de presos com bom pedigree ideológico? E o que fazem no grupo dos defensores da Comissão da Verdade alguns dos notórios amigos de Cuba, um dos países em que a tortura é prática corriqueira, cotidiana, também contra presos de consciência?

Não fosse a ilegalidade descarada dessa tal Comissão da Verdade, não fosse a sua flagrante inconstitucionalidade - e isso não é, reitero, matéria de gosto, mas de fato -, há, repito, a questão que é de fundo moral: quem aderiu ao terrorismo não julga quem aderiu à tortura. Se é para ignorar a Lei da Anistia, então que se amplie a lista. Nesse caso, Dilma, em vez de disputar a Presidência, vai para o banco dos réus; Franklin Martins, Paulo Vannuchi e até Carlos Minc, em vez de estarem por aí dando pinta de homens de estado, se juntarão à companheira.

E que se note: é mentira, trapaça, vigarice, afirmar que todos os esquerdistas que recorreram ao terrorismo foram, a seu tempo, punidos. E é um mentira em duas frentes:

A - em primeiro lugar, é mentira porque nem todos foram, de fato, punidos;

B - em segundo lugar, é mentira porque os que sofreram as conseqüências de suas escolhas (com punições legais ou ilegais) foram indenizados pelo estado. Aquela punição, pois, mesmo que legal à época, gerou uma compensação.

A crise militar sumiu do noticiário, e seus aspectos jurídicos são solenemente ignorados em nome da “justiça” - e, nessa particular visão do que é justo, o terrorismo assume a estranha condição de algoz exemplar da tortura."

Mais um passo da gangue dos corruPTos, para fazer a "Revolução dos Bichos" na tropicália.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Pra não dizer que não falei de pecuária


Leio na VEJA desta semana, as palavras do Lulla, na inauguração de um pronto socorro do SUS, em São Paulo:

"Nós não fazemos distinção de que partido é o prefeito e o governador. Você não pode deixar de dar comida para um porco porque não gosta do dono do porco."

Bacana, né? Além de idiotas e palhaços, agora também somos porcos.

Mas, pensando bem, não é que o "cara" tem razão?

O que estamos vivendo é a representação pura da tragédia "A Revolução dos Bichos", magnífica obra de George Orwel, que retrata com precisão, o que acontece no Brasil, depois que os "operários" tomaram o poder (se não conhece o livro, veja a síntese aqui).

O Lulla disse a verdade, que todos fingimos não ver: somos porcos e os nossos "donos" são os porcos no poder: prefeitos, governadores, políticos em geral.

O Brasil, em pleno Século 21, vive num sistema feudal de mais pura linhagem. Nós, os camponeses, sustentamos com nossos impostos, a farra dos senhores feudais, também conhecidos como políticos.

E é um feudalismo ainda pior.

Veja bem, na Idade Média, os senhores feudais obtinham seu poder pela guerra e pelo sangue. Assim, os mais fortes e poderosos assumiam as terras na base do ""prendo e arrebento."

No Brasil do Século 21, nós os elegemos! Legal, não é mesmo?

Mas a vida é dura para quem não faz o trabalho de casa corretamente. Afinal, quem não aprende com a história, está condenado a vivê-la, outra vez.

Boa semana.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O chute no pau da barraca

Tem hora que o cara tem mesmo é que meter o pé no pau da barraca.

Vejam só o que este cara fez:


Natal e Ano Novo - Que loucura, aquí.

Eu moro em Balneário Camboriú, SC.
Uma cidade maravilhosa para se viver, isto mesmo, viver e não, sómente, morar.

Tem todas as facilidades modernas, preços razoáveis (com excessão dos imóveis próximos à praia . . .) e bons serviços.

Eu me sinto bem tranquilo, com relação à segurança pessoal, pois se vê a polícia na rua, todo o tempo, fazendo o seu trabalho como deve ser.

O trânsito é bastante razoável, com os Agentes de Trânsito da Prefeitura mantendo o pessoal dentro das normas civilizadas, os acidentes são poucos e, via de regra, de pequeno expressão.

Mas, daí chega a temperada de verão e a cidade se transforma num caldeirão de gente de toda a parte do Brasil e do Cone Sul. É impressionante ver as placas dos veículos: carros de Roraima, Acre, Amapá, Ceará, uma coisa de doido. Turistas da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e da Bolívia são presenças fortes e constantes. E isto sem falar do vizinhos mais próximos, como gaúchos, paulistas, paranaenses, matogrossenses e demais.

Mas a cidade está bem preparada para isto. Com um talento bem desenvolvido para o turismo, Balneário Camboriú oferece uma rede hoteleira de primeiríssima qualidade, com preços para todos os gostos. Os restaurantes, cobrindo quase todas as preferências, recebem os visitantes com muita categoria.

Na realidade, Balneário Camboriú é um destino turístico durante todo o ano. Mas, mesmo assim, se prepara (e muito bem), para a temporada. Afinal, cerca de um milhão e meio de pessoas visitam a cidade durante o verão.

Sempre que se fala sobre cidades turísticas do litoral, problemas como sujeira, falta dágua, trânsito caótico e falta de segurança são sempre mencionados.

Eu vivo aqui há 4 anos e este será meu quinto verão. Nunca tivemos falta dágua no nosso edifício. A praia e as ruas são limpas, religiosamente todos os dias (um verdadeiro exército de homens e mulheres começam a trabalhar, bem cedo, para que a praia e as ruas estejam limpas, já ao amanhecer). Sobre o trânsito e sobre a segurança, já falei. Ambos são reforçados na temporada, com contingente adicional de PMs, trazidos do interior do Estado, para ajudar no policiamento ostensivo da cidade.

Mas, mesmo assim, fico mais aliviado quando terminam as comemorações do Ano Novo. A última semana do ano tem a maior concentração de turistas, no início da temporada. Só se iguala ao Carnaval, quando a temporada diminui o seu rítmo e o volume de visitantes desce para um número mais paupável.

Ao que tudo indica, teremos uma temporada bastante expressiva, para a cidade. Talvez uma das melhores dos últimos anos. Vamos ver se o clima ajuda. Afinal, no ano passado, fomos muito prejudicados pelas chuvas que assolaram Santa Catarina no final de 2008.
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